Comentarista dos jogos da Superliga feminina pela TV Cultura e canal Vôlei Brasil, a ex-jogadora Vera Mossa vê com empolgação a nova leva de atletas que está vindo. A ex-ponteira da seleção é considerada referência da geração que fez o Brasil prestar atenção no vôlei feminino.
“Acredito que estão surgindo ótimas promessas nesse último ano, acho também que com o trabalho sempre competente do Zé Roberto e sua comissão técnica, podemos surpreender em Tóquio-2020”, disse ela, em entrevista ao site Web Vôlei.
“Me sinto muito privilegiada por ter feito parte dessa geração que alavancou o vôlei. Nós não conseguimos resultados muito expressivos, mas nos tornamos conhecidas e a partir daí nos profissionalizamos e pudemos nos dedicar cada vez mais. E com isso as próximas gerações começaram a ter resultados cada vez melhores. Os melhores momentos da minha carreira com certeza foram as três participações nas Olimpíadas de Moscou-1980, ainda com 15 anos, Los Angeles-1984 e Seul-1988”, seguiu.
Vera Mossa falou ainda sobre a escassez no voleibol brasileiro de boas passadora, algo em que ela era especialista. “Sempre precisamos e dependemos do trabalho de base, vejo que hoje infelizmente esse trabalho está enfraquecendo por diversos motivos, e isso é bastante preocupante. Claro que existem sempre clubes e entidades sérias que não deixam que ele morra, mas acredito que podemos começar a pensar em formas diferentes para revitalizá-lo”, analisou.
Por fim, a hoje comentarista considera a Superliga deste ano bastante equilibrada e não arrisca dizer quem são as equipes favoritas. “Sinceramente não consigo arriscar, acho que essa Superliga vai ser muito disputada, principalmente porque todas as jogadoras estão visando a convocação para a seleção e os clubes vêm fazendo um trabalho, a cada ano, mais sério”, concluiu.